Objectivos Gerais Os alunos deverão ser capazes de: 1. Adquirir competências críticas, técnicas e artísticas no domínio da concepção, produção e apresentação de trabalhos fotográficos. 2. Adquirir conhecimentos e compreender o meio tecnológico e respectivos recursos disponíveis nos universos da fotografia analógica e digital. 3. Compreender a “imagem fotográfica” nas vertentes implicadas (Fotografia e Imagem), quer da imagem fixa quer da imagem em movimento, em ambos os suportes: analógico e digital. 4. Conhecer e manusear correctamente os equipamentos, respeitando procedimentos e normas de segurança. 5. Conhecer e aplicar a terminologia básica especifica da área. 6. Apreender, relacionar e aplicar conceitos teóricos fotográficos em situações concretas da prática de registo da imagem fixa e em movimento. Objectivos Específicos Capacitar o aluno com competências que lhe permitam: 1. Aplicar as competências técnicas adquiridas na criação de trabalhos específicos realizados no contexto da disciplina; trabalhos de índole reflexiva e individual que visam, ao mesmo tempo, a investigação e consolidação de conceitos, assim como a criação temática/artística do aluno; e também a análise constante de exemplos da aplicação de conceitos próprios ou problemáticas ligadas aos conteúdos leccionados. 2. Obter competências na criação da “imagem fotográfica” que assente na reflexão e investigação sobre o acto fotográfico. 3. Fomentar um olhar crítico fundamentado – técnico e estético – especifico da área, através da análise constante de obras audiovisuais de referência. 4. Desenvolver um discurso imagético próprio e fundamentado, quer prático quer teórico, que conduza à posterior criação nesta área. BIBLIOGRAFIA De referência ADAMS, Ansel, The Camera (Ansel Adams Photography, Book 1). Boston: Bulfinch Press, 1995 ADAMS, Ansel, The Negative (Ansel Adams Photography, Book 2). Boston: Bulfinch Press, 1995 ADAMS, Ansel, The Print (Ansel Adams Photography, Book 3). Boston: Bulfinch Press, 1995 ADAMS, Ansel, The making of 40 photographs. Boston: Bulfinch Press, 1989 ADAMS, Robert, Beauty in Photography. Nova Iorque: Aperture, 1996 ALMEIDA, Helena, Pés no chão, cabeça no céu. Lisboa: Bial, 2004 ALEKAN, Henry, Des Lumieres et des Ombres – Editions du Collectionneur, Paris 1996 BARTHES, Roland, A câmara clara. Lisboa: Edições 70, 1988 BECHER, Bernd e BECHER, Hilla, Industrial landscapes. Cambridge: MIT Press, 2002 CARTIER-BRESSON, Henri, Henri Cartier-Bresson: the image and the world, Londres: Thames & Husdon, 2003 CLARKE, Graham, The Photograph. Oxford: Oxford University Press, 1997 FOGLE, Douglas, The last Picture show: artists using photography, 1960-1982. Minneapolis: Walker Art Center, 2003 FREEMAN, Michael, Collins Photography Workshop - Light. Collins, 1988 FRIZOT, Michel, A New History of Photography. Colónia: Könemann, 1998 KODAK, Kodak Professional Photoguide (Sixth Edition, Refª R28). Rochester, New York: Kodak Books, 1998 LANGFORD, Michael - Fotografia Básica. Dinalivro, Lisboa, 2000 LEDO, Margarita, Documentalismo Fotográfico. Madrid: Cátedra, 1998 NACHTWEY, James, Inferno. Londres: Phaidon, 1999 ROSS, Lowell, Matters of Light and Deph. Broad Street Books,Philadelphia, 1992 S.A. SENA, António, História da imagem fotográfica em Portugal – 1839-1997. Porto: Porto Editora, 1998 STRUTH, Thomas, Thomas Struth: 1977-2002. Dallas: Dallas Museum of Art, 2002 Complementar BUSCH, David, Digital SLR Pro Secrets. Londres: Course Technology PTR, 2005 DUBOVITZ, Peter; Maasz Matthias (Coord.) Making Pictures: A Century of European Cinematography. Abrams, 2003 HEDGECOE, John, Manual de fotografia. Porto: Civilização, 2004 JOHNSON, Harald, Mastering Digital Printing, 2nd Edition. Londres: Course Technology PTR, 2004 LANGFORD, Michael, Tratado de Fotografia. Dinalivro, Lisboa, 2000 MCCLELLAND, Deke, Photoshop CS – Bíblia. S.Paulo: Campus, 2004 OMENS, Woody (org. por), Exploring the Color Image. Eastman Kodak Company, Rochester, N.Y.1996 PALLA, Victor e MARTINS, Costa, Lisboa: cidade triste e alegre. Lisboa: (Edição de Autor), 1959 SAMUELSON, David, ‘Hands-on’ Manual for Cinemathographers. Focal Press, London, 1990 | Exercício 1. (entrega na aula 2) Durante os anos 90 do século XIX, Claude Monet trabalhou numa série de pinturas que representavam o mesmo objecto. A série mais conhecida é, sem dúvida, a fachada da Catedral de Rouen da qual pintou mais de trinta telas em distintas horas do dia e diferentes estações do ano. Os resultados ilustram a importância que a luz tem na nossa percepção de um objecto num determinado espaço e tempo. Com base na experiência de Monet, ateste como a luz influi num objecto: a) Seleccione um objecto que receba luz solar directa durante todo o dia b) Fotografe-o de hora em hora (desde a alvorada até ao crepúsculo), sempre com o mesmo ponto de vista c) Redija um breve relatório, no qual escolhe uma das imagens e explicita o porquê da escolha Já na antiguidade clássica Mo Ti, Aristóteles e Euclides descreviam a “Câmara Obscura”, algo que começaria a ser usado mais tarde com bastante frequência, nomeadamente para assistir e estudar o fenómeno do eclipse solar. A formação da imagem pela luz que atravessa um orifício presente num determinado espaço é o princípio básico de qualquer câmara fotográfica. Com esse conhecimento em mente, ateste como se dá a formação da imagem: a) Iniba a luz de entrar numa divisão de sua casa (e. g. tape a janela de um quarto com o auxílio de cartolina negra) b) Faça um orifício circular de pequenas dimensões no material que usou para vedar a luz que entra pela divisão c) Registe, com o auxílio de uma câmara fotográfica, todo o processo desde o seu início até à formação da imagem que se dá na parede oposta à janela Exercício 2. (digitalização e entrega na aula 3) Saber expor o material sensível numa câmara de forma adequada revela-se da maior importância para o crescimento técnico de qualquer operador. Sem esse conhecimento o operador fica à mercê dos automatismos da câmara quando, na verdade, espera-se que a câmara seja controlada por quem a manuseia e não o contrário. O entendimento da “Lei da Reciprocidade” é, por isso, determinante na aquisição desse domínio. Dessa forma e com base nos conhecimentos adquiridos: a) Construa uma câmara Estenopeica b) Ache o seu nº f c) Realize com ela tantas tomadas de vistas quantas achar suficiente. A intenção é obter em todas elas uma correcta exposição tendo em consideração a relação entre: 1) Abertura 2) Sensibilidade do material sensível (papel fotográfico P&B) 3) Tempo de Exposição Exercício 3. (entrega na aula 7) O controlo da exposição do material sensível faz-se, não apenas por razões técnicas (correcta exposição na altura da tomada de vistas), mas também por razões estéticas. Sabendo de antemão que a imagem em movimento se regista na relação da metade do tempo em que um obturador a 180º está aberto durante a exposição de um fotograma, resta ao cineasta perceber como pode ele controlar os elementos que conseguem ser registados nitidamente sobre o Plano de Foco, e o modo como essa relação de nitidez se faz entre os vários elementos no Plano. Assim, com base nesse pressuposto realize: a) 3 fotografias que explicitem o controlo da Profundidade de Campo com recurso ao número f b) 2 fotografias que explicitem o controlo da Profundidade de Campo com recurso à distância focal c) 2 fotografias que explicitem o controlo da Profundidade de Campo com recurso à distância entre Plano de foco/Objecto d) 3 fotografias que explicitem o controlo da Distância Hiperfocal Exercício 4. (entrega de cópia digital na aula 10) "Compor é a forma de ver mais forte que temos" Assente na declaração de Edward Weston comece por ver, agora de uma forma mais analítica, aquele que é um dos elementos mais presentes no seu quotidiano: o local onde habita. Tendo em consideração que este é um exercício de composição no qual se espera que o resultado de cada plano resulte visualmente apelativo, e ainda que neste estádio sejam respeitadas as normas da boa composição, execute: a) Dois planos de cada uma das divisões onde as suas características (fixo/movimento; longo/curto; fechado/aberto; picado/contra-picado…), ficam totalmente ao seu critério. b) Monte todos os planos de forma a que o todo resulte coerente e seja revelador de como se desenvolve o espaço que filmou. Exercício 5. (entrega na última aula do semestre) Realize um Road Movie em Abrantes. A obra deverá respeitar os seguintes objectivos: 1. Ser um filme de cariz realista/documental 2. Ser rodado num único dia 3. Patentear a apreensão de todos os conteúdos leccionados 4. Exibir claras correspondências entre o motivo retratado e Abrantes, onde se desenvolve a acção 5. Demostrar de forma evidente uma preocupação com a composição da imagem e seu controlo técnico a) O filme deverá ser entregue em formato digital em formato .MOV, HD 1080 25P, codec Apple ProRes 422 b) O Dossier de Produção deste exercício deverá ser apresentado na aula 9 Critérios de Avaliação (Época Normal) a) Assiduidade – 6% b) Participação – 6% c) Realização de 4 exercícios técnicos propostos no decurso das aulas práticas, onde se pretende que o aluno ilustre a aquisição dos conceitos desenvolvidos nas aulas teóricas: Ex. 1 – 10% Ex. 2 – 13% Ex. 3 – 15% Ex. 4 – 20% d) Realização de um projecto final, de produção autónoma e inteira autoria do aluno no que respeita à adequação artística, ao resultado estético da imagem e onde seja evidente a apreensão dos conteúdos leccionados – 30% NOTA 1: O calendário de entrega de cada um dos exercícios executados em tempo de aula será enunciado na primeira aula. Não serão aceites exercícios que não cumpram o calendário pré-definido. NOTA 2: Não serão contabilizados critérios de assiduidade e participação no caso de alunos Trabalhadores-Estudantes legalmente reconhecidos. A esses aplicam-se, sobre os exercícios técnicos, os seguintes parciais: Ex. 1 – 12% Ex. 2 – 15% Ex. 3 – 18% Ex. 4 – 25% Ex. 5 – 30% Critérios de Avaliação (Exame/Recurso ou Época Especial) a) Exame com incidência na matéria teórica leccionada durante o período de aulas – 60% b) Apresentação obrigatória de todos os exercícios pedidos no decurso da Avaliação em Época Normal: Ex. 1 – 3% Ex. 2 – 5% Ex. 3 – 8% Ex. 4 – 10% Ex. 5 – 14% |
Fotografia e Imagem
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